Uma sai só fraturas,
hematomas e promessas de desespero. Contabiliza o tempo restante: não chega para
comprar um plano novo, nem à vista nem a prazo. Conforma-se com o usado, aquele
que nunca vestiu por não servir. Assombrada, percebe que agora o plano entra, e
sem tolher os movimentos, sem exigir que ela se deite... Traças devoram roupas indelevelmente
tatuadas. Não incomoda. Sem remorso, permite que o pó vista a casa de passado.
Até que um
relâmpago revela: nem sempre quem fica é por que quer.
Quando deu
por si, caminhava de novo. Podia até sapatear, se soubesse. As fraturas ainda
doem, mas só quando o tempo esfria...