O Palácio do Corpo é hoje
aberto
O bem e o nem tanto lá estão
No rol de entrada alguém
pragueja
Nalgum lugar alguém
arqueja...
Vermelho, um gemido
revela outra solidão

Privados da festa
jazem tantos
nas criptas codificadas
dos poemas de amor

A estes não foi dado
senão a fresta
senão a queda
das escadarias do Corpo

Espreitam sedentos,
mas sem inveja
pois sabem do Quando,
que iguala a todos
Acordaram velhos
Só aprenderam a assistir


[O suor é do artista; o prazer, do público]