POEMA DE QUEM QUISER

Do quarto insone ouço a algazarra
Lá vão minhas meninas à caça
dos nomes ideais

Todas têm alcunha de dor
E vivem desgrenhadas
As unhas arranham dissonâncias
Tudo nelas convida ao transe
Na zona se vestem
como para o funeral

Desçam meninas
Conquistem novos nomes!
Prefiram os embriagados,
esses de passo penso
e parca beleza
São ásperos, não se rendem
mas compensam
nas gorjetas

Tantos passaram por elas
Já nem lembram a primeira vez
O nome virgem que se negava
Tampouco sentem o de agora
Perdido nas vagas reentrâncias
Resfólega, deixa três sentidos sobre a mesa de cabeceira

E se volatiliza